Não existem muitos estudos com os anticoncepcionais
injetáveis mensais em uso rotineiro.
Em estudos clínicos, a experiência em
Latino América (Brazil, Chile, Colombia and
Peru), mostrou que as taxas de continuação,
em geral, foram mais altas que as observadas com pílulas.
Chama muito a atenção (ver tabela),
as grandes diferenças das taxas entre ods países.
Alguém poderia argüir que as diferenças
culturais entre os povos seria a causa das diferenças.
Sem poder negar a possível influência
da constituição das amostras em cada
país, pensamos que a principal causa das diferenças
se deva a diferenças na orientação
que as mulheres receberam e a diferenças entre
os provedores sobre como oferecer atendimento frenta
às intercorrências e como se codificam
as causas de abandono de uso do método. É
difícil de entender que as taxas de encerramento
por amenorréia e outras causas menstruais possam
ser tão diferentes entre países com
culturas muito semelhantes.
TAXAS
BRUTAS DE DESCONTINUAÇÃO POR CAUSA NO PRIMEIRO
ANO(%) |
CAUSA
|
Mínima |
Máxima |
GRAVIDEZ |
0,0 |
0,0 |
AMENORRÉIA |
3,4 |
8,1 |
OUTRAS
ALTERAÇÕES MENSTRUAIS |
5,1 |
9,2 |
OUTRAS
CAUSAS MÉDICAS |
7,8 |
26,3
|
DESEJA
FILHO |
3,9 |
8,5 |
OUTRAS
CAUSAS PESSOAIS |
17,2 |
23,5 |
|
|
|
TAXA DE CONTINUAÇÂO |
42,3 |
52,00 |
Ref:
Hall P, Bahamondes L, Diaz J, Petta C. Contraception
1997;56:353-359 |
Isso
fica ainda nais evidente se analisarmos os resultados
por clínica. Só para exemplificar,
num dos países participantes, a taxa de encerramento
por amenorréia variou de 1% numa clínica
a 23,2% em outra.
A taxa de continuação
também foi muito variável, por volta
de 50%. vale a pena destacar que, nesse estudo,
devido a que o método não estava disponível
nas farmácias, algumas milheres tiveram que
abandonar seu uso simplesmente porque não podiam
retornar aos controles. É possível
que, em condições de acesso ao método
mais fáceis, a continuidade de uso pode ser
maior.
O
estudo colaborativo da Organização Mundial
da Saúde (OMS), a taxa de continuação
foi mais alta, 64,5% ao fim do primeiro ano, mas também
foi muito variável, de 39,7% a 91% em diferentes
clínicas. neste estudo, as principais
causas de abandono também foram a s alteraçãoes
menstruais e outras causas médicas.