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Critérios médicos de elegibilidade
da OMS para Uso de Anticoncepcionais Orais Apenas
de Progestogênio
Categoria
4: O método não deve ser usado. O método
apresenta um risco inaceitável. |
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(a)
O câncer de mama é um tumor sensível ao efeito
hormonal e o prognóstico das mulheres
com câncer de mama pode piorar com o
uso do progestágeno.
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Categoria
3: O método não deve ser usado, a menos
que o profissional de saúde julgue que a mulher
pode usar o método com segurança. Os riscos
possíveis e comprovados superam os benefícios
do método. Deve ser o método de última escolha
e, caso seja escolhido, um acompanhamento
rigoroso se faz necessário. |
- Lactantes
com menos de 6 semanas pós-parto (a)
- Doença
tromboembólica atual (b)
- Doença
cardíaca isquêmica atual ou no passado
(para continuação de uso) (c)
- AVC
(para continuação de uso) (c)
- Enxaqueca
com sintomas neurológicos focais (para
continuação do uso)
- Câncer
de mama no passado e sem evidência de
doença nos últimos 5 anos
- Hepatite
viral aguda (d)
- Cirrose
hepática grave (descompensada) (d)
- Tumores
hepáticos benignos ou malignos (d)
- Uso
de rifampicina, griseofulvina e anticonvulsivantes
(fenitoína, carbamazepina, barbituratos,
primidona (e)
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(a)
Existe a preocupação com o risco de exposição
do recém-nascido aos hormônios esteróides
durante as primeiras seis semanas pós-parto.
(b) Teoricamente, o progestágeno
pode aumentar o risco para trombose, embora
esse risco seja menor do que com os anticoncepcionais
hormonais combinados.
(c) Existe a preocupação com o
efeito hipoestrogênico e com a redução do
HDL - colesterol.
(d) Existe a preocupação com o
risco em mulheres com doença hepática ativa,
porém menor do que com a pílula.
(e) Esses medicamentos são indutores
de enzimas hepáticas e podem reduzir a eficácia
da minipílula.
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Categoria
2: O método pode ser usado. As vantagens
geralmente superam riscos possíveis ou comprovados.
As condições da categoria 2 devem ser consideradas
na escolha de um método. Se a mulher escolhe
esse método, um acompanhamento mais rigoroso
pode ser necessário. |
- Hipertensão:
PA sistólica >160 ou PA diastólica
> 100 ou doença vascular
- Múltiplos
fatores de risco para doença cardiovascular
(como idade avançada, fumo, hipertensão
e diabetes)
- História
de doença tromboembólica
- Cirurgia
de grande porte com imobilização
prolongada
- Diabetes
insulino-dependente ou não
- Diabetes
com mais de 20 anos de duração ou com
doença vascular (retinopatia, nefropatia,
neuropatia)
- Doença
cardíaca isquêmica atual ou no passado
(para iniciar o uso)
- História
de AVC (para iniciar o uso)
- Hiperlipidemias
- Enxaqueca,
sem sintomas neurológicos focais e qualquer
idade (para continuação de uso)
- Enxaqueca,
com sintomas neurológicos focais (para
início de uso)
- Sangramento
vaginal irregular não volumoso, ou volumoso
e prolongado
- Sangramento
vaginal inexplicado (antes da investigação)
(a)
- Nódulo
mamário sem diagnóstico (b)
- Antecedente
de colestase relacionada ao uso de anticoncepcional
oral combinado (c)
- Doença
biliar sintomática ou assintomática
- Cirrose
hepática leve (compensada)
- Antecedente
de gravidez ectópica (d)
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(a)
Se existe suspeita de gravidez ou alguma condição
médica subjacente, deve-se ajustar
a categoria após a avaliação.
(b) A grande maioria dos nódulos
mamários em mulheres em idade reprodutiva
são benignos; a investigação deve ser o mais
rápida possível.
(c) História de colestase associada
ao uso de anticoncepcional oral combinado
pode indicar aumento do risco para colestase
associada à minipílula.
(d) A taxa absoluta de gravidez
ectópica é maior com a mini-pílula do que
com outros métodos hormonais, porém menor
do que entre mulheres que não usam
métodos.
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Categoria
1: O método pode ser usado sem restrições.
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Lactantes: > 6 semanas até 6 meses
ou mais pós-parto
-
Não lactantes: < 21 dias ou 21 dias ou
mais (a)
-
Pós-aborto (primeiro ou segundo trimestre
ou aborto séptico) (b)
-
Idade: desde a menarca até 45 anos
ou mais
-
Fumante (qualquer idade)
-
Hipertensão arterial:
- PA
controlada adequadamente onde não
é possível avaliar PA.
- PA
sistólica 140-159 ou PA diastólica
90-99.
-
História de pré-eclâmpsia
-
História de diabetes gestacional
-
História familiar de doença
tromboembólica (parentesco de primeiro
grau)
-
Cirurgia de grande porte sem imobilização
prolongada
-
Cirurgia de pequeno porte sem imobilização
-
Varizes
-
Tromboflebite superficial
-
Doença cardíaca valvular complicada ou
não
-
Cefaléia leve ou grave
-
Enxaqueca sem sintomas neurológicos focais
e qualquer idade (para início
de uso)
-
Doença mamária benigna
-
História familiar de câncer de mama
-
Ectopia cervical
- Neoplasia
intra-epitelial cervical (NIC)
- Câncer
de colo uterino (aguardando tratamento)
-
Câncer de ovário ou de endométrio
-
Doença inflamatória pélvica no passado,
com ou sem gravidez subseqüente, ou atual
-
Doença sexualmente transmissível (DST)
atual ou nos últimos três meses, vaginite
sem cervicite purulenta, ou risco aumentado
para DST
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HIV positivo ou AIDS, ou risco para HIV
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História de colestase relacionada à gravidez
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Portador assintomático de hepatite viral
(c)
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Mioma uterino
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Obesidade: IMC > 30k/m2
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Tireoidopatias (bócio simples, hipertireoidismo,
hipotireoidismo)
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Talassemia
-
Doença trofoblástica gestacional benigna
ou maligna
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Anemia falciforme
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Anemia ferropriva
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Epilepsia (d)
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Esquistossomose não complicada ou com
fibrose hepática leve
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Malária
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Antibióticos (exceto rifampicina ou griseofulvina)
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Nuliparidade ou multiparidade
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Dismenorréia grave
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Tuberculose pélvica ou não pélvica
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Endometriose
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Tumores ovarianos benignos (inclusive
cistos)
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Cirurgia pélvica no passado
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(a)
A mini-pílula pode ser iniciada imediatamente
após o parto, para não lactantes.
(b) A mini-pílula pode ser iniciada
imediatamente após o aborto.
(c) Embora seja metabolizado pelo
fígado, o progestágeno parece exercer um efeito
mínimo sobre a função hepática.
(d) A condição, em si, não restringe
o uso da mini-pílula; entretanto algumas drogas
anticonvulsivantes podem diminuir a sua eficácia.
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