|
-
Modos
de Uso
- Início
de Uso
Em
geral, as mulheres podem usar o DIU com eficácia
e tranqüilidade. Os DIUs podem ser usados em
quaisquer circunstâncias por mulheres:
- Fumantes;
- Que
tiveram um aborto recente, induzido ou espontâneo,
se não houver sinais de infecção ou risco
de infecção;
- Que
tomam antibióticos e anticonvulsivantes;
- Magras
ou obesas;
- Lactantes.
Além
disso, as mulheres com as seguintes condições
médicas podem usar o DIU em quaisquer circunstâncias:
- Doença
mamária benigna;
- Câncer
de mama;
- Cefaléia;
- Hipertensão
arterial;
- Sangramento
vaginal irregular, após investigação;
- Coagulopatias;
- Varizes;
- Doença
cardíaca ( a mulher portadora de cardiopatia
valvar pode necessitar de profilaxia antibiótica
antes da inserção);
- História
de AVC;
- Diabetes;
- Doença
biliar ou hepática;
- Esquistossomose
(sem anemia);
- Tireoidopatias;
- Epilepsia;
- Tuberculose
não-pélvica;
- Mioma
uterino (exceto se a cavidade uterina está
muito distorcida);
- História
pregressa de gravidez ectópica;
- História
pregressa de cirurgia pélvica.
Importante
! As características e condições listadas
acima pertencem à categoria 1 dos critérios médicos de elegibilidade da OMS.
As mulheres com as condições e problemas
da categoria 2 também podem usar este
método, desde que com orientação adequada. |
- Critérios
Médicos de Elegibilidade
Os
critérios médicos
de elegibilidade para uso de métodos
anticoncepcionais foram desenvolvidos pela Organização
Mundial de Saúde (OMS, 1996) com o objetivo
de auxiliar os profissionais da saúde na
orientação das(os) usuárias(os)
de métodos anticoncepcionais. Não
devem ser considerados uma norma estrita mas sim
uma recomendação, que pode ser adaptada
às condições locais de cada
país. Consiste em uma lista de condições
das(os) usuárias(os), que poderiam significar
limitações para o uso dos diferentes
métodos, e as classifica em 4 categorias,
de acordo com a definição a seguir:
OMS
1: o método pode ser usado sem restrições.
|
OMS
2: o método pode ser usado. As vantagens
geralmente superam riscos possíveis
ou comprovados. As condições da categoria
2 devem ser consideradas na escolha de um
método. Se a mulher escolhe este método,
um acompanhamento mais rigoroso pode ser
necessário. |
OMS
3: o método não deve ser usado,
a menos que o profissional de saúde julgue
que a mulher pode usar o método com segurança.
Os riscos possíveis e comprovados superam
os benefícios do método. Deve ser o método
de última escolha e, caso seja escolhido,
um acompanhamento rigoroso se faz necessário.
|
OMS 4: o método não deve ser usado.
O método apresenta um risco inaceitável. |
Para
a lista completa dos critérios médicos
de elegibilidade da OMS para uso de métodos anticoncepcionais,
consulte Critérios
médicos de elegibilidade.
Lista
de critérios médicos de elegibilidade
para DIU com cobre
Faça
à mulher as perguntas abaixo. Se ela responder
não a todas as perguntas, então ela pode usar
o DIU com cobre, se assim o desejar. Se ela responder
sim a alguma pergunta, siga as instruções.
1.
Você acha que pode estar grávida? |
Não.
Sim. Investigue a possibilidade de
gravidez. Não insira o DIU. Forneça espermicida
e condons para a mulher usar até ter razoável
certeza de que ela não está grávida. |
2.
Nos últimos três meses, você teve sangramento
vaginal anormal, especialmente nos intervalos
entre menstruações ou após as relações sexuais?
|
Não.
Sim. Se a mulher teve sangramento
vaginal inexplicado, que sugira uma condição
médica subjacente, não insira o DIU até
diagnosticar o problema. Avalie a história
e o exame pélvico. Identifique e trate o
problema, se for apropriado, ou encaminhe.
|
3.
Você teve um parto há mais de 48 horas e
menos de quatro semanas? |
Não.
Sim. Adie a inserção do DIU até quatro
semanas ou mais depois do parto. Se necessário,
forneça condons ou espermicida para a mulher
usar até então. |
4.
Você teve uma infecção após o parto? |
Não.
Sim. Se a mulher tem infecção do
trato genital durante os primeiros 42 dias
após o parto, não insira o DIU. Encaminhe
para tratamento. Ajude-a a escolher um outro
método eficaz. |
5.
Você teve uma doença sexualmente transmissível
(DST) ou doença inflamatória pélvica (DIP)
nos últimos três meses? Você tem uma DST
ou DIP, ou outra infecção qualquer nos órgãos
genitais, atualmente? (Os sinais e sintomas
de DIP são: infecção pélvica grave com dor
no baixo ventre e, muitas vezes, corrimento
vaginal anormal, febre, polaciúria e disúria).
Entretanto, se a mulher não tem dor ou desconforto
abdominal com a mobilização do colo uterino,
ela provavelmente não tem uma infecção pélvica.
|
Não.
Sim. Não insira o DIU agora. Recomende
enfaticamente o uso de condons para proteção
contra DST. Encaminhe ou trate a mulher
e o(s) parceiro (s). O DIU pode ser inserido
três meses após a cura da infecção, a menos
que haja a probabilidade de reinfecção.
|
6.
Você está infectada com o HIV? Você tem
AIDS? |
Não.
Sim. Se a mulher tem AIDS, está infectada
com HIV ou está sendo tratada com medicação
que deprima o seu sistema imune, a decisão
de se colocar um DIU deve ser feita com
muito cuidado. Em geral, não coloque o DIU
a menos que outros métodos não sejam aceitáveis
ou não estejam disponíveis. Seja qual for
o método escolhido, recomende enfaticamente
o uso de condons. Forneça-lhe condons. |
7.
Você acha que pode contrair uma DST no futuro?
Você ou o seu parceiro têm mais de um parceiro
sexual? |
Não.
Sim. Se a mulher corre risco de contrair
uma DST, explique que as DST's podem levar
à esterilidade. Encoraje-a a usar condons
para proteção contra DST. Não insira o DIU.
Ajude-a a escolher um outro método. |
8.
Você tem câncer nos órgãos genitais ou tuberculose
pélvica? |
Não.
Sim. Se a mulher tiver câncer cervical,
de endométrio, de ovário, doença trofoblástica
benigna ou maligna ou tuberculose pélvica,
não insira o DIU. Trate ou encaminhe para
tratamento, conforme for apropriado. Ajude-a
a escolher um outro método eficaz. |
- Momentos
Apropriados para Iniciar o Uso
- Mulher
menstruando regularmente
- A
qualquer momento durante o ciclo menstrual,
desde que haja
certeza de que a mulher não esta grávida
e que ela tenha um útero saudável. Se
a mulher vem usando um anticoncepcional
confiável e não tem tido relações sexuais,
o melhor momento para inserir um DIU é
quando ela solicitar.
- Durante
a menstruação. Possíveis vantagens:
- se
o sangramento é menstrual, a possibilidade
de gravidez fica descartada; a inserção
é mais fácil;
- qualquer
sangramento causado pela inserção
não incomodará tanto a mulher;
- a
inserção pode causar menos dor.
- Possíveis
desvantagens da inserção durante a menstruação:
- dor
por infecção pélvica pode ser confundida
com cólica menstrual. O DIU não deve
ser inserido se a mulher tem infecção
pélvica;
- pode
ser difícil identificar outros sinais
de infecção.
- Após
o parto
- Durante
a estadia no hospital, se a mulher já
havia tomado esta decisão antecipadamente.
O momento mais indicado é 10 minutos após
a remoção da placenta. Porém, pode ser
inserido a qualquer momento dentro de
48 horas após o parto. (Importante: É
necessário um treinamento especial)
- Se
não for inserido logo após o parto, pelo
menos quatro semanas.
- Após
aborto natural ou induzido
- Imediatamente,
se não houver infecção.
- Se
houver infecção, trate e ajude a mulher
a escolher um outro método eficaz. Depois
de três meses, se não há mais infecção,
a mulher não está em alto risco de reinfecção
e não está grávida, o DIU pode ser inserido.
- Quando
interrompeu um outro método
- Procedimentos
para Iniciar o Uso do Método
Antes
de iniciar o uso de métodos anticoncepcionais,
a mulher deve ser adequadamente orientada pelo
profissional de saúde. Essa orientação deve
abranger informações acuradas sobre todos os
métodos anticoncepcionais disponíveis. Uma orientação
adequada permite a tomada de decisão baseada
em informações, traduzindo a "escolha livre
e informada".
Importante:
Para orientação e aconselhamento em anticoncepção,
consulte Orientação.
Os
procedimentos para iniciar o uso do método,
relacionados abaixo, estão classificados em
quatro categorias.
Estes
critérios foram desenvolvidos por um grupo
de agências colaborativas da USAID e são
orientados fundamentalmente para salientar os requisitos
mínimos para a oferta de métodos
anticoncepcionais em regiões com poucos
recursos. O fato de não serem absolutamente
necessários não significa que não
devam ser utilizados em serviços que contam
com recursos adequados; são procedimentos
que significam boa prática médica.
Deve-se salientar que, em muitas oportunidades,
a falta de recursos para realizar alguns procedimentos
francamente desnecessários (categoria D)
é usada como justificativa para impedir o
uso de alguns métodos anticoncepcionais.
Categoria
A |
essencial
e obrigatório em todas as circunstâncias para
o uso do método anticoncepcional. |
Categoria
B |
médica/epidemiologicamente
racional em algumas circunstâncias para otimizar
o uso seguro do método anticoncepcional, mas
pode não ser apropriado para todas (os) clientes
em todos os contextos. |
Categoria
C |
pode
ser apropriado para uma boa atenção preventiva,
mas não tem relação com o uso seguro do método
anticoncepcional. |
Categoria
D |
não
somente desnecessários, mas irrelevantes para
o uso seguro do método anticoncepcional. |
Procedimento |
Categoria
|
Exame
pélvico (especular e toque bimanual) |
A
|
Medida
de pressão arterial |
C
|
Exame
das Mamas |
C
|
Triagem
de DST através de exames laboratoriais (indivíduos
assintomáticos) |
C |
Detecção
precoce do câncer de colo uterino |
C
|
Testes
laboratoriais rotineiros (colesterol, glicose,
enzimas hepáticas) |
D
|
Orientação
geral:
- Eficácia
- Efeitos
colaterais comuns
- Uso
correto do método
- Sinais
e sintomas para os quais deve retornar
ao Serviço de Saúde
- Proteção
contra DST
Itens
específicos de orientação relacionados ao
DIU:
- Orientação
sobre mudanças no padrão menstrual, incluindo
aumento do sangramento com DIU que libera
cobre
- Comportamento
de alto risco
- Orientação
sobre o uso de condom para mulheres que,
sob algumas circunstâncias, podem se tornar
de alto risco para DST.
Nota:
Mulheres que atualmente estão em alto risco
para DST não devem receber o DIU. |
A
|
-
Instruções
Gerais:
- Fornecendo
o DIU
IMPORTANTE
A
mulher que escolhe o DIU se beneficiará
de uma boa orientação. Um provedor
gentil, que dá ouvidos às suas preocupações,
responde às suas duvidas e fornece
informações claras e práticas sobre
os efeitos colaterais, especialmente
sobre as alterações no fluxo menstrual
e a dor após a inserção, estará
ajudando-a a usar o DIU com sucesso
e satisfatoriamente.
|
|
IMPORTANTE
Toda
mulher que escolhe o DIU deve ter
acesso fácil à remoção do mesmo.
Todos os programas de atenção à
saúde da mulher que oferecem o DIU
devem ter pessoal qualificado para
removê-lo, ou, pelo menos, montar
um esquema prático de encaminhamento
para remoção.
|
|
-
Instruções
Específicas
Importante
! As orientações apresentadas a seguir são
apenas a descrição resumida de um procedimento,
que sob nenhuma circunstância deverão substituir
o treinamento adequado. |
- Inserindo
o DIU
É
necessário prática e treinamento adequados, sob
supervisão direta, para aprender como inserir
um DIU. As instruções que se seguem constituem
apenas um resumo e não uma descrição técnica detalhada
do procedimento. Todos os provedores de planejamento
familiar devem conhecer o procedimento de inserção
de um DIU e estar preparados para conversar com
as mulheres sobre o mesmo.
|
DIU
inserido no útero |
- O
provedor deve fazer um exame pélvico cuidadoso
(bi-manual e especular), verificando a posição
do útero, para certificar-se de que a mulher
pode usar o DIU com segurança e eficácia.
- A
técnica de inserção consiste nas seguintes etapas:
- 0bservar
as medidas para prevenção de infecção: limpar
cuidadosamente o colo uterino e a cavidade
vaginal com uma solução anti-séptica antes
da inserção do DIU;
- Pinçar
o lábio anterior do colo uterino com uma
pinça de Pozzi e inserir delicadamente o
histerômetro através do canal cervical até
atingir o fundo uterino. Deve-se tomar cuidado
para não tocar as paredes vaginais ou as
lâminas do espéculo com o histerômetro e
deve-se passar o histerômetro somente uma
vez pelo canal cervical;
- Depois
da histerometria, carregar o dispositivo
no tubo de inserção sem tirar o DIU do pacote
estéril. A técnica "no-touch" é a mais indicada,
porque garante condições assépticas de inserção.
Deve-se usar sempre um DIU novo, pré-esterilizado
e embalado individualmente.
- Inserir
o dispositivo de inserção carregado através
do canal cervical,lenta e delicadamente,
seguindo as instruções do fabricante. Deve-se
cuidar para não tocar as paredes vaginais
ou as lâminas do espéculo, e evitar passar
o dispositivo mais de uma vez pelo canal
cervical;
- É
recomendável padronizar o comprimento do
fio entre 2 e 3 cm.
- A
mulher deve informar o provedor ao sentir
desconforto ou dor em qualquer momento durante
o procedimento. Analgésicos podem ser administrados
30 minutos antes do procedimento para diminuir
as cólicas e dor.
- Depois
da inserção, o provedor pergunta à mulher como
ela se sente. Se ela se sentir tonta ao se sentar,
deve ficar deitada, repousando por cinco a dez
minutos. A cólica não deve durar muito tempo.
IMPORTANTE
Inserção
pós-parto: somente provedores
especialmente treinados devem inserir
um DIU após o parto. É importante
seguir a técnica correta de inserção
para diminuir o risco de expulsão.
Um DIU pode ser inserido logo após
a expulsão da placenta ou até 48
h depois do parto. Isso vale tanto
para as mulheres que tiveram parto
normal como para as que se submeteram
a cesariana.
|
|
- Removendo
o DIU
- Motivos
para a remoção
Importante
! Não se deve recusar ou adiar desnecessariamente
a remoção de um DIU quando a mulher a solicita,
seja qual for a razão do pedido, pessoal ou
médica. |
- A
mulher solicita a remoção;
- Efeitos
colaterais, como por exemplo, dor.
- Razões
médicas:
- gravidez,
- doença
inflamatória pélvica aguda (endometrite ou
salpingite),
- perfuração
do útero,
- DIU
se deslocou (expulsão parcial),
- sangramento
vaginal anormal e volumoso que põe em risco
a saúde da mulher.
- Quando
expirou o prazo de validade de um DIU com cobre
ou de um DIU que libera hormônios.
- Quando
a mulher atingiu a menopausa (pelo menos um ano
se passou após a última menstruação).
- Para
a remoção de um DIU:
- A
remoção do DIU é relativamente simples. Pode ser
feita em qualquer momento do ciclo menstrual,
embora possa ser um pouco mais fácil durante a
menstruação, quando o canal cervical está dilatado.
- Devem
ser observadas as medidas para prevenção de infecção.
- Alguns
autores, na remoção do DIU devido a DIP, preferem
dar cobertura antibiótica antes da remoção do
DIU.
- Com
cuidado, o provedor puxa delicadamente os fios
do DIU com uma pinça.
- Se
o DIU não sair facilmente, o provedor pode dilatar
o colo usando uma pinça fina e longa, ou encaminhar
a mulher a um profissional experiente, especialmente
treinado.
- Remoção
do DIU com fios extraviados: Se o exame ecográfico
é disponível e o DIU com fios extraviados está
bem posicionado, o DIU não deve ser removido.
Se os fios estão extraviados e não há possibilidade
de se fazer ecografia, ou a ecografia mostra expulsão
parcial (parte do DIU no canal cervical), o DIU
deve ser removido, certificando-se de que a mulher
não esteja grávida. O DIU pode ser removido no
consultório com pinça, agulha de crochê ou algum
outro instrumento apropriado.
- Explicando
como usar
Observe os seguintes passos:
- Agende
uma consulta de retorno dentro de três a seis
semanas, por exemplo, após a menstruação, para
um exame pélvico e revisão. O objetivo dessa
consulta é verificar, através do exame físico,
se o DIU continua no lugar e se não há sinais
de infecção. O retorno deve ser marcado para
quando for mais conveniente para a mulher, desde
que ela não esteja menstruando. Depois dessa
consulta, as consultas de rotina seguintes deverão
ser anuais.
- Certifique-se
de que a mulher sabe:
- identificar
o tipo de DIU que está usando e o seu formato;
- quando
retornar para remover ou trocar o DIU (para
o TCu-380A, 10 anos após a inserção). Converse
com a mulher sobre como se lembrar da data
em que deve retornar. Um novo DIU pode ser
inserido imediatamente após a remoção do
antigo, se assim a mulher desejar;
- que
deve informar o seu médico ou profissional
de saúde que ela usa um DIU.
Importante
! Forneça à mulher uma ficha em que
estejam escritos os dados sobre a inserção
do DIU, incluindo mês e ano, e a data para
remoção. |
- Forneça
Instruções Específicas:
A
mulher que opta pelo DIU deve saber como é o procedimento
de inserção. Ela deve também entender o seguinte:
- Ela
poderá sentir:
- um
pouco de cólica durante um ou dois dias
após a inserção; caso sinta cólica, ela pode
tomar analgésicos;
- um
pouco de secreção vaginal durante algumas
semanas após a inserção, que é normal;
- menstruação
volumosa: Possivelmente, sangramento nos
intervalos entre as menstruações, especialmente
durante os primeiros meses após a inserção
do DIU.
- Checando
a posição do DIU:
Ela
deve aprender a verificar se o DIU está no lugar.
Ocasionalmente, o DIU se desloca e é expelido.
Isso geralmente acontece no primeiro mês após
a inserção ou durante a menstruação. Um DIU
pode deslocar-se sem que a mulher perceba.
- A
mulher deve verificar se o DIU está no lugar:
- uma
vez por semana, durante o primeiro mês
após a inserção;
- se
tiver sintomas de um problema sério;
- periodicamente,
após a menstruação. O DIU apresenta uma
tendência maior a se deslocar durante
a menstruação.
- Para
verificar se o DIU está no lugar, a mulher
deve:
- lavar
as mãos;
- ficar
de cócoras;
- inserir
1 ou 2 dedos na vagina até sentir os fios
do DIU. Se achar que o DIU está fora do
lugar, ela deve procurar o serviço de saúde.
Importante
! A mulher não deve puxar os fios
para não deslocar o DIU. |
- lavar
as mãos, novamente.
Obs.:
às vezes, quando a inserção é feita pós-parto,
os fios do DIU nem sempre passam através do
colo uterino.
- Oriente
a mulher sobre os problemas mais comuns:
Descreva
os sintomas de problemas sérios que requerem atenção
médica imediata.Complicações sérias do uso
do DIU são raras. Ainda assim, a mulher deve procurar
o serviço de saúde se ela apresentar quaisquer
destes sintomas. O DIU pode ou não ser a causa
do problema.
-
- Ausência
de menstruação, ou a mulher
acha que pode estar grávida, especialmente
se ela também apresenta sintomas
de gravidez ectópica, tais como,
por exemplo, sangramento vaginal
anormal, dor abdominal ou sensibilidade
abdominal, desmaios. A presença
desses sintomas requer cuidado médico
imediato.
- A
mulher acha que foi exposta a uma
doença sexualmente transmissível
ou tem HIV/AIDS.
- Ao
verificar os fios do DIU, a mulher
acha que o DIU se deslocou:
- ela não encontra os fios ou os
fios parecem mais curtos ou longos;
- ela percebe um objeto de consistência
dura na vagina ou no colo, que pode
ser parte do DIU.
- Dor
intensa, ou que vem aumentando no
baixo ventre, especialmente
se acompanhada de febre e/ou sangramento
nos intervalos entre as menstruações
sinais e sintomas de doença inflamatória
pélvica).
|
|
- Outros
problemas comuns são:
- Parceiro
sexual sente os fios do DIU durante a relação
sexual e isso o incomoda. Na clínica, os fios
podem ser aparados.
- Sangramento
volumoso ou prolongado que incomoda a mulher.
- Ela
ou o seu parceiro não estão satisfeitos com o
DIU.
- Expirou
o prazo de validade de um DIU de cobre ou de um
DIU que libera hormônios A mulher retorna para
remover ou trocar o DIU.
- A
mulher deseja remover o DIU por qualquer razão,
a qualquer momento.
- A
mulher tem dúvidas.
- A
mulher deseja um outro método de planejamento
familiar.
- Acompanhamento
Nas consultas de retorno:
- Faça
um exame pélvico, principalmente se houver suspeita
de:
- doença
sexualmente transmissível ou doença inflamatória
pélvica;
- DIU
mal posicionado.
- A
ecografia transvaginal rotineira não é necessária;
deve ser realizada somente se há suspeita de
que o DIU não esteja corretamente posicionado.
Mesmo DIUs que não estejam exatamente no fundo
uterino podem estar ajustados e exercendo sua
eficácia anticonceptiva. Como rotina prática,
alguns serviços com grande experiência no uso
de DIUs têm recomendado a retirada apenas quando
a ecografia transvaginal identifica a extremidade
inferior do DIU no orifício interno ou abaixo
dele. Os estudos demonstram que a distância
do DIU em relação ao fundo uterino, e mesmo
ao miométrio, podem variar bastante, dependendo
inclusive da fase do ciclo menstrual. A realização
rotineira da ecografia não é custo efetiva e,
muitas vezes, pode trazer preocupações desnecessárias
para a usuária e para o profissional de saúde.
- Pergunte
se a mulher tem dúvidas ou quer conversar sobre
qualquer assunto.
- Pergunte
sobre a sua experiência com o DIU, se ela está
satisfeita ou se tem problemas. Forneça-lhe
as informações ou a ajuda de que ela necessitar.
Convide-a para retornar sempre que tiver dúvidas
ou problemas. Se ela tem problemas que não podem
ser resolvidos, ajude-a a escolher um outro
método.
- Informe-a
sobre as razões para retornar.
- Lembre-a
do prazo de duração do DIU e da data para remoção.
- Indague
se ela teve quaisquer problemas de saúde desde
o último retorno:
- se
ela apresenta uma condição que contra-indique
o uso do DIU, remova-o. Ajude-a a escolher
um outro método,
- a
mulher pode continuar a usar um DIU, ainda
que ela apresente as seguintes condições:
sangramento vaginal anormal e inexplicado,
que sugira gravidez ou uma outra condição
médica subjacente, ou câncer de ovário,
do colo do útero ou do endométrio.
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