MÉTODOS DE
BARREIRA

MÉTODOS BASEADOS NA
PERCEPÇÃO DA FERTILIDADE
e NATURAIS

DISPOSITIVO
INTRA-UTERINO

MÉTODOS
CIRÚRGICOS




Anticoncepção Oral de Emergência


  1. Características

    1. Tipos e Composição


    2. Anticoncepcionais orais apenas de progestogênio Nomes Comerciais*
      Levonorgestrel 0,75mg Postinor-2
      Norlevo
      Pozato
      Pilem
      Método de Yuzpe Nomes Comerciais*
      Anticoncepcionais orais combinados contendo 0,25mg de levonorgestrel e 0,05mg de etinilestradiol Evanor, Neovlar
      Anticoncepcionais orais combinados contendo 0,15mg de levonorgestrel e 0,03mg de etinilestradiol Microvlar, Nordette
      * Nota: Os nomes comerciais são apenas exemplos, existem outros produtos com a mesma dose: lista de anticoncepcionais orais disponíveis no Brasil.

      Um estudo amplo da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que as pílulas apenas de progestogênio são melhores do que os anticoncepcionais orais combinados (estrogênio e progestogênio) para a anticoncepção oral de emergência. Quando usadas na anticoncepção oral de emergência, as pílulas apenas de progestogênio são mais eficazes e causam menos náuseas e vómitos.

      Importante ! Outras pílulas anticoncepcionais combinadas podem também funcionar, mas a sua eficácia na anticoncepção oral de emergência não foi testada.


    1. Mecanismo de Ação
    2. A anticoncepção oral de emergência evita a gravidez por vários mecanismos, sendo que todos interferem na fecundação, que é a união do óvulo com o espermatozóide. Os efeitos mais estudados são a inibição ou o retardo da ovulação, que dependem do período do ciclo em que acontece o coito e a tomada das pílulas. Outros estudos mostram que interfere na capacitação dos espermatozóides e no transporte dos espermatozóides e do óvulo através do trato genital feminino. A eficácia sobre a interferência na fecundação é maior quanto menor seja o tempo entre o coito e a ingestão das pílulas. Isso explica porque a anticoncepção de emergência é mais efetiva quanto mais precocemente depois do coito seja tomada. A anticoncepção oral de emergência não afeta a implantação de um óvulo já fecundado nem interrompe uma gravidez já estabelecida.

      Importante ! A anticoncepção oral de emergência NÃO tem nenhum efeito após a implantação ter se completado. NÃO interrompe uma gravidez em andamento.

    3. Eficácia
    4. Previne a gravidez em aproximadamente três quartos dos casos que, de outra maneira, ocorreriam. A probabilidade média de ocorrer gravidez decorrente de uma única relação sexual desprotegida na segunda ou terceira semana do ciclo menstrual é 8%; com a anticoncepção oral de emergência, essa taxa cai para 2%.

      Veja a tabela que mostra a taxa de falha dos Métodos Anticoncepcionais.

      Estudo amplo da OMS mostra que a anticoncepção oral de emergência com pílulas só de progestogênio é mais eficaz. Ambos os métodos são mais eficazes quanto mais precocemente são administrados.

      Porcentagem de Gestações Prevenidas Segundo Tipo de Tratamento e Tempo desde o Coito Desprotegido
      Fonte: Task Force on Postovulatory Methods of Fertility Regulation. The Lancet, 352, 1998.



      Importante ! Para ambos os esquemas, a eficácia é maior se a mulher não tiver relações sexuais vaginais desde o uso de anticoncepção de emergência até a menstruação seguinte.

       

    5. Efeitos Secundários
    6. Os efeitos colaterais mais comuns são: náuseas, vômitos, tontura, fadiga, cefaléia, mastalgia, diarréia, dor abdominal e irregularidade menstrual.

      Estudo da OMS mostra menor incidência de efeitos colaterais com o esquema de pílula de progestogênio (0,75mg) do que com o de pílula combinada.


      Efeitos Secundários / Porcentagem Yuzpe
      (n=979)
      Levonorgestrel
      (n=977)
      p
      Náuseas 50,5 23,1 < 0,01
      Vômitos 18,8 5,6 < 0,01
      Tontura 16,7 11,2 < 0,01
      Fadiga 28,5 16,9 < 0,01
      Cefaléia 20,2 16,8 0,06
      Sensibilidade mamária 12,1 10,8 0,40
      Dor abdominal 20,9 17,6 0,07
      Outros 16,7 13,5 0,06
      Fonte: Task Force on Postovulatory Methods of Fertility Regulation. The Lancet, 352, 1998.


      Importante ! A anticoncepção oral de emergência não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

    7. Riscos e Benefícios
    8. Como as pílulas do esquema de anticoncepção oral de emergência, tanto as de progestogênio como as combinadas, são usadas por tempo muito curto, elas não apresentam os mesmos problemas potenciais do que quando usadas na anticoncepção regular.

    9. Duração
    10. O prazo de validade do anticoncepcional oral combinado é de 2 a 3 anos, variando de acordo com o fabricante. O prazo de validade da pílula apenas de progestogênio (levonorgestrel) é de 5 anos. O prazo de validade do Postinor-2 é de 5 anos. A data de fabricação e a data de validade estão impressas na embalagem e também na cartela. O profissional de saúde, ao fornecer as cartelas, deve entregar primeiro aquelas mais próximas do vencimento. Deve, também, orientar a mulher a verificar o prazo de validade ao adquirir o produto.