MÉTODOS DE
BARREIRA

MÉTODOS BASEADOS NA
PERCEPÇÃO DA FERTILIDADE
e NATURAIS

DISPOSITIVO
INTRA-UTERINO

MÉTODOS
CIRÚRGICOS




Critérios médicos de elegibilidade da OMS para Uso do Sistema Intra-Uterino de Levonorgestrel


Categoria 4: O método não deve ser usado. O método apresenta um risco inaceitável.
  • Gravidez (a)
  • Infecção puerperal  
  • Após aborto séptico  
  • Sangramento vaginal inexplicado (antes da investigação, para início de uso) (b)
  • Câncer de mama atual (c)
  • Câncer de colo uterino (aguardando tratamento) - para início de uso (d)
  • Câncer de endométrio (para início de uso) (e)
  • Doença inflamatória pélvica atual ou nos últimos 3 meses (para iniciar o uso) (f)
  • Doença sexualmente transmissível atual ou nos últimos 3 meses, incluindo cervicite purulenta (f)
  • Doença trofoblástica gestacional maligna (g)
  • Alterações anatômicas que distorcem a cavidade uterina (h)
  • Mioma uterino com distorção da cavidade uterina
  • Tuberculose pélvica (para iniciar o uso)  
(a) Nenhum método é indicado; qualquer risco potencial é considerado inaceitável. O uso de DIU durante a gravidez aumenta bastante o risco para abortamento espontâneo e aborto séptico.
(b) Se há suspeita de gravidez ou alguma condição médica subjacente, deve-se investigar e reavaliar a indicação do método após.
(c) O câncer de mama é um tumor sensível aos hormônios; é provável que o risco de progressão da doença seja menor do que com os anticoncepcionais orais combinados ou injetáveis.
(d) Pode aumentar o risco para infecção e sangramento durante a inserção; o DIU deve ser removido por ocasião do tratamento.
(e) Pode aumentar o risco para infecção, perfuração e sangramento durante a inserção; o DIU deve ser removido por ocasião do tratamento.
(f) O DIU aumenta muito o risco de doença inflamatória pélvica para essas mulheres.
(g) Pode aumentar o risco de perfuração uterina; não há dados que associam o DIU à recorrência de malignidade da doença.
(h) O correto posicionamento do DIU na cavidade uterina pode ser impossível.


Categoria 3: O método não deve ser usado, a menos que o profissional de saúde julgue que a mulher pode usar o método com segurança. Os riscos possíveis e comprovados superam os benefícios do método. Deve ser o método de última escolha e, caso seja escolhido, um acompanhamento rigoroso se faz necessário.
  • Menos de 48 horas pós-parto (lactante ou não) (a)
  • 48 horas a 4 semanas após o parto (não lactante) ou até 6 semanas após o parto (lactante) (a)
  • Doença cardíaca isquêmica atual ou no passado (para continuação de uso) (b)
  • Doença tromboembólica atual
  • Enxaqueca com sintomas neurológicos focais (para continuação do uso)
  • Câncer de ovário (para início do uso)
  • Câncer de mama no passado e sem evidência de doença nos últimos 5 anos  
  • Risco aumentado para DST (c)
  • Doença inflamatória pélvica atual ou nos últimos 3 meses (para continuação do uso) (c)
  • HIV positivo ou AIDS, ou risco para HIV (d)
  • Hepatite viral aguda (e)
  • Cirrose grave (descompensada) (e)
  • Tumores hepáticos benignos e malignos (e)
  • Doença trofoblástica gestacional benigna  
  • Tuberculose pélvica (para continuação de uso) (f)
(a) Não existem dados sobre os efeitos locais desse tipo de DIU sobre a involução uterina; além disso, pode haver risco de exposição do recém-nascido aos hormônios esteróides.
(b) Pode ocorrer redução do HDL-colesterol devido à ação hipoestrogênica.
(c) Existe aumento do risco para doença inflamatória pélvica.
(d) Existe aumento do risco para DST e doença inflamatória pélvica devido à supressão da resposta imunológica.
(e) O LNG é metabolizado pelo fígado e seu uso pode agravar uma condição pré-existente; além disso, existem dúvidas se o uso de progestogênio aumenta o risco para hepatoma.
(f) Existe aumento do risco para infecção secundária e sangramento.


Categoria 2: O método pode ser usado. As vantagens geralmente superam riscos possíveis ou comprovados. As condições da categoria 2 devem ser consideradas na escolha de um método. Se a mulher escolhe esse método, um acompanhamento mais rigoroso pode ser necessário.
  • Pós-aborto no secundo trimestre (a)
  • Menarca até < 20 anos (b)
  • Hipertensão: 
    • História de hipertensão onde não é possível aferir a pressão arterial  
    • Hipertensão arterial: PA sistólica igual ou maior que 160 ou PA diastólica igual ou maior que 100 ou com doença vascular (c)
  • Múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular arterial (como idade avançada, fumo, diabetes e hipertensão)
  • Antecedente de doença tromboembólica
  • Cirurgia de grande porte com imobilização prolongada
  • Diabetes:  
    • Diabetes insulino-dependente ou não  
    • Diabetes com lesão vascular, neuropatia, retinopatia, nefropatia ou duração maior que 20 anos (d)
  • Doença cardíaca isquêmica atual ou passada (para iniciar o uso) (c)
  • AVC (c)
  • Hiperlipidemias  
  • Doença cardíaca valvular complicada (hipertensão pulmonar, risco de fibrilação atrial, história de endocardite bacteriana subaguda, uso de anticoagulação) (e)
  • Enxaqueca sem sintomas neurológicos focais (f)
  • Enxaqueca com sintomas neurológicos focais (para início de uso)
  • Sangramento volumoso e prolongado (para continuação do uso) (g)
  • Sangramento vaginal inexplicado (para continuação do uso) (h)
  • Nódulo mamário sem diagnóstico  
  • Neoplasia intraepitelial cervical (i)
  • Câncer de colo uterino( aguardando tratamento, para continuação de uso)  
  • Câncer de ovário ou de endométrio (para continuação do uso) 
  • Passado de doença inflamatória pélvica, sem fatores de risco atuais e sem gravidez subseqüente (j)
  • Vaginite sem cervicite pururenta  
  • Doença biliar sintomática ou assintomática 
  • História de colestase relacionada ao uso de anticoncepcional oral combinado  
  • Cirrose leve (compensada)  
  • Mioma uterino sem distorção da cavidade uterina (k)
  • Nuliparidade (l)
  • Alterações anatômicas que não distorcem a cavidade uterina ou não interferem com a inserção do DIU (incluindo estenose ou lacerações de colo)  
  • Obesidade: IMC maior ou igual a 30kg/m2
(a) Há alguma preocupação sobre o risco de expulsão após aborto no segundo trimestre. Não existem dados sobre os efeitos locais do DIU-Nlg sobre a involução uterina
(b) Há aumento do risco de expulsão em mulheres jovens devido à nuliparidade e o risco de DST deve ser considerado.
(c) Existe preocupação com o risco potencial do efeito hipoestrogênico e a diminuição do HDL-colesterol com o uso do DIU-Lng.
(d) O DIU-Lng pode alterar o metabolismo lipídico e de carboidratos.
(e) É aconselhável o uso de antibioticoprofilaxia antes da inserção, se a mulher não está usando antibióticos regularmente.
(f) Pode haver piora da cefaléia.
(g) O DIU-Lng pode provocar sangramento irregular, principalmente nos 3-6 primeiros meses de uso; a quantidade da perda sanguínea é reduzida.
(h) Não é necessário remover o DIU antes da avaliação.
(i) Existe alguma preocupação sobre a possibilidade de progressão do NIC com o uso do DIU-Lng.
(j) O risco atual de DST e o desejo de gravidez são fatores relevantes na escolha do método.
(k) Miomas uterinos pré-existentes podem distorcer a cavidade uterina e dificultar o correto posicionamento do DIU.
(l) Nuliparidade está associada com aumento do risco para expulsão.


Categoria 1: O método pode ser usado sem restrições.
  • 4 semanas ou mais após o parto (não lactantes) ou 6 semanas ou mais após o parto (lactantes) 
  • Pós-aborto (primeiro trimestre)  
  • Idade de 20 anos ou mais  
  • Fumante (qualquer idade)  
  • Hipertensão:
    • Hipertensão adequadamente controlada se não é possível avaliar a PA 
    • Hipertensão arterial: PA sistólica 140-159 ou PA diastólica 90-99  
    • História de pré-eclâmpsia  
  • História de diabetes gestacional  
  • História familiar de doença tromboembólica (parentesco de 1º grau) 
  • Cirurgias:  
    • Cirurgia de grande porte sem imobilização prolongada  
    • Cirurgia de pequeno porte sem imobilização  
  • Varizes  
  • Tromboflebite superficial  
  • Doença cardíaca valvular não complicada  
  • Cefaléia leve  ou grave
  • Sangramentos:  
    • Sangramento irregular não volumoso  
    • Sangramento irregular volumoso e prolongado (para iniciar o uso) 
  • Doença mamária benigna  
  • História familiar de câncer de mama  
  • Ectopia cervical  
  • Doença inflamatória pélvica no passado, sem fatores de risco para DST, com gravidez subseqüente   
  • História de colestase relacionada à gravidez  
  • Portador assintomático de hepatite viral  
  • Antecedente de gravidez ectópica  
  • Tireoidopatias (bócio simples, hipertireoidismo, hipotireoidismo)  
  • Talassemia  
  • Anemia falciforme  
  • Anemia ferropriva  
  • Epilepsia  
  • Esquistossomose não complicada ou com fibrose hepática
  • Malária  
  • Antibióticos:
    • Uso de rifampicina, griseofulvina e anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, barbituratos, primidona)  
    • Outros antibióticos  
  • Multiparidade  
  • Dismenorréia grave  
  • Endometriose  
  • Tuberculose não pélvica  
  • Tumores ovarianos benignos (inclusive cistos)  
  • Cirurgia pélvica no passado  


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