MÉTODOS DE
BARREIRA

MÉTODOS BASEADOS NA
PERCEPÇÃO DA FERTILIDADE
e NATURAIS

DISPOSITIVO
INTRA-UTERINO

MÉTODOS
CIRÚRGICOS


Como se Usa




Escolhendo o NUVARING

Na concepção atual do planejamento familiar, a escolha do método anticoncepcional não é considerada uma indicação médica, senão uma decisão da/o usuária/o que, idealmente, deve ser livre e informada. A escolha livre e informada é um dos direitos sexuais e reprodutivos mais importantes e é também um dos elementos fundamentais da qualidade da atenção em planejamento familiar.

Os provedores de saúde devem assegurar às/os usuárias/os o pleno exercício destas conquistas mediante a oferta de uma ampla gama de métodos anticoncepcionais, de informação imparcial, correta e completa sobre todos eles, ademais de orientação anticoncepcional. Além disso, devem os provedores conhecer e ter competência técnica para devidamente manejar os critérios médicos de elegibilidade dos métodos anticoncepcionais, instruir corretamente sobre o uso do método escolhido e verificar a compreensão da/o usuária/o acerca do modo de uso, assim garantindo que ela/ele entenda como proceder e possa contar com o acompanhamento necessário no momento oportuno. Naqueles casos em que é necessária a intervenção do provedor para iniciar ou encerrar o uso de determinado método (como no caso do DIU ou do implante), ele deve estar capacitado para a realização dos respectivos procedimentos.




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O Processo Passo a Passo

Informação/Educação


Praticamente todas/os candidatas/os ao uso de métodos anticoncepcionais chegam ao prestador de serviços com informações e, muitas vezes, com a escolha do método mais ou menos definida, embora não possuindo a informação adequada para tal. É papel dos provedores fornecer a informação completa, cientificamente correta e atual, de maneira imparcial e na linguagem apropriada (não técnica) a todas/os usuárias/os em potencial, inclusive aquelas/es que parecem ter já sua escolha feita. Habitualmente a informação é oferecida de forma coletiva (em grupos), o que torna o processo mais custo-efetivo, mas é possível fazê-lo de forma individual. Durante a prestação da informação, os provedores devem valer-se de materiais educativos tais como o álbum seriado e amostras demonstrativas dos vários métodos para que as pessoas possam conhecê-los e manuseá-los; o uso de folhetos, cartilhas, vídeos, etc é também aconselhável. É importante salientar que a informação deve ser compartilhada, isto é, dada de forma participativa, interativa, estimulando a troca de experiências do grupo e não mediante uma simples exposição ou palestra, como ainda é de costume fazer-se. É por isso que o termo mais adequado para esta ação é o de ação educativa.

De tudo isto deve resultar um melhor conhecimento das características dos métodos disponíveis, a aquisição destes conhecimentos e o abandono de preconceitos e mitos sobre a anticoncepção em geral e, sobretudo, sobre alguns métodos anticoncepcionais que são objeto de rumores e boatos infundados.


Orientação

Deve ser realizada após a ação educativa e, diferentemente dela, deve ser uma intervenção individual durante a qual serão discutidas as várias opções, objetivando auxiliar a tomada de decisão mediante o reforço da informação e a busca da adequação do método anticoncepcional às preferências individuais, situação social e econômica, história reprodutiva, estado marital, autonomia frente ao/a parceiro/a, etc.

Os orientadores devem estar capacitados para ajudar, de forma eficiente, a mulher ou o casal na escolha do método a ser posto em prática sem influenciar indevidamente este processo.

 

Revisão dos critérios médicos de elegibilidade
Antes que a escolha final seja definida, é indispensável uma revisão sistemática dos critérios de elegibilidade para o uso do método preferido. Para isto, durante a orientação devem ser discutidas as condições de saúde e hábitos (como fumo e álcool, por exemplo) da/o futura/o usuária/o que poderiam restringir o uso de alguns métodos. Alguns métodos requerem procedimentos preliminares para a avaliação dos critérios de elegibilidade como, por exemplo, a medida da pressão arterial no caso dos métodos hormonais ou a realização do exame ginecológico no caso do DIU.

No caso do NuvaRing, por ser um método bastante novo no mercado mundial, para o qual ainda não há dados epidemiológicos em quantidade suficiente, a OMS ainda não o incluiu no documento dos Critérios Médicos de Elegibilidade de 2000. Por se tratar de um método hormonal combinado, que libera uma quantidade de hormônio muito similar à das pílulas combinadas de baixa dose, recomendamos utilizar os mesmos critérios de elegibilidade para o uso da pílula combinada até que a OMS o inclua.

Se há condições que recomendem não usar o método, a(o) usuária(o) deve ser encorajada(o) a escolher outro método, entre aqueles em que a/as condições detectadas não signifiquem restrição para o seu uso. Novamente, o processo deve ser conduzido de maneira tal que a(o) usuária(o) escolha livremente, obviamente indicando quais são os outros métodos que também não seriam recomendáveis pelos critérios médicos de elegibilidade. Por exemplo, se uma mulher escolheu NuvaRing e é portadora de hipertensão grave, deve ser desencorajada de usar o NuvaRing e outros métodos hormonais combinados.



Veja questionário sugerido para revisar elegibilidade do NUVARING, baseado nos Critérios Médicos de elegibilidade da Organização Mundial da Saúde (OMS).